quinta-feira, 10 de maio de 2007

Cena 1 - eu no portão de casa, céu escuro, beijo de despedida na esposa e a frase "não vai levar guarda-chuva não?". Respondi que não. Ledo engano. Aos casados, informo: nunca discorde da sua esposa quando ela disser que vai chover, mesmo que você ouça pássaros cantando em um dia ensolarado. Aprendi isso da pior maneira possível (aos solteiros essa regra se aplica às mães). Cena 2 - eu na fila da van, senti um pequeno pingo d'água no ombro, e em menos de 1/10 de segundo, toda a água do mundo caiu sobre nossas cabeças. Consegui uma carona no guarda-chuva vizinho que serviu pra proteger a minha mochila até que a van chegasse. Dentro da kombi, com a chuva ainda a cair forte, estava eu imaginando o que fazer para tirar a roupa molhada quando chegasse no trabalho, planos do tipo "passar na Magal, comprar uma camisa e pendurar a outra pra secar", quando de repente me vejo na cena 3 - kombi parando, motorista descendo, motorista voltando, motorista falando "gente, o pneu furou e eu não tenho macaco, vocês podem pegar um ônibus até Sulacap e outro até a Taquara...". Nesse momento não ouvi mais o que ele falava, meu objetivo era tentar, através da janela embaçada, onde eu estava naquele momento. Jabour. A kombi parou no Jabour. No meu relógio eram 7:40h, e eu teria que estar na loja às 8:00h. Não pensei duas vezes: atravessei a rua, peguei um ônibus pra Campo Grande e voltei pra casa, pra tomar banho e trocar de roupa. Advinhem qual era a cena 4? Eu abrindo o portão, Monique na janela com cara de espanto e um meio sorriso nos lábios. Eu já sabia o que ela iria dizer, mas não estava em condições de interromper. "Não falei pra você levar o guarda-chuva?"

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