Terça-feira, 07 de julho. 5:35 pm. Lhe oferecem uma carona. Ela pensa, olha no relógio e rejeita, pesarosa. Seria o melhor jeito de chegar em casa, ver os filhos, liberar a babá, mas ainda falta muito pro seu horário, e o serviço acumulado não permite que ela saia antes da 6.
São 5:45h agora. O celular toca. Ela atende. Sua ex-carona na linha. Voz nervosa, muito barulho
em volta. Moradores de um bairro próximo protestam o fechamento de um posto de saúde local. Gritos, pneus, fogo! “Isso, fogo, na frente do nosso carro! Abandonamos o veículo e corremos. Não venha por aqui!”. Um misto de medo e alívio atinge seu coração. Preocupação. Gratidão. Nervosismo. Paz. Sim, Paz. Liga para seu marido, avisa-o do perigo de passar por este lado em direção à casa, informa o plano de pegar um ônibus que passe longe do perigo, pelo menos do perigo explícito. E no coração daquele homem, uma oração de agradecimento pelo livramento de Deus na vida de sua esposa...
Lembro claramente do meu discipulador dizendo: “Pra te dar livramento, Deus atrasa até um ônibus.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário