quarta-feira, 19 de março de 2008

Peguei um ônibus lotado ontem, mais de 8 da noite. Logo depois, entrou uma mulher grávida, com uns 7 a 8 meses. De repente, vi mais cabeças curvadas do que quando estou na Igreja. Incrível como as pessoas sabem que a educação pede que se dê lugar, mas ainda assim preferem fingir que estão dormindo. Eu digo que é o maior sonífero num ônibus, a subida de uma mulher grávida.

Aquela situação estava me incomodando, e duas forças lutavam dentro de mim: a vontade de dar um tapa na cabeça de um daqueles homens e mandar o cara-de-pau dar lugar pra jovem senhora, e a vergonha de falar qualquer coisa em público, principalmente em voz alta.

Ainda bem que, algum tempo depois, vagou um lugar em frente de onde estava, e consegui chamar a gestante pra sentar. Essas coisas aquecem o coração...

Não tá escrito aí, mas eu estava em pé, ok?

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