quarta-feira, 11 de abril de 2007

Sexta-feira passada passamos a tarde na casa dos padrinhos da Monique. Estávamos conversando sobre uma casa ao lado que está à venda, e a madrinha da Monique nos convidou para ver a casa. Dentre idas e vindas pra ver rachaduras, tamanho dos quartos e prováveis reformas a se fazer, achei sem querer nos fundos da casa, no meio de várias bagulhadas, uma pilha de revistas em quadrinhos antigas, vulgo gibis.

Aquilo me deixou maravilhado! Apesar do estado das revistinhas (amareladas e amassadas) a grande maioria datava da minha infância, e aquilo me deu uma sensação de nostalgia que nunca senti antes, mesmo nos mais frenéticos bate-papos sobre Espectreman e Changeman.

Vários gibis do Pato Donald, Mickey, Os Trapalhões... anúncios do Instituto Universal Brasileiro, Tang, Comandos em ação... mas os achados que mais me agradaram foram os da Turma da Mônica.

Quando eu era criança, comecei a ler muito rápido, e minha mãe precisava suprir meu desejo pela leitura. Comecei como a maioria das crianças naquela época, com a turminha do Maurício de Souza. Lembro que minha mãe chegou a assinar as revistas, tamanha era a velocidade que eu conseguia terminar um gibi.

Enchíamos uma caixa de papelão com revistinhas, e tínhamos o hábito, meu irmão e eu, de ler as revistas no banheiro, na hora do bate-papo com o bocão (hábito de leitura do qual não consegui me livrar até hoje, diga-se de passagem). Até um dia em que meu irmão simplesmente (num ato de bondade quase angelical) DEU nossa caixa de gibis para nossos primos de Minas Gerais, que também colecionavam revistas e liam no banheiro.

Depois o tempo foi passando, e a Mônica e sua turma foram substituídos pelos heróis em quadrinhos. X-Men, Homem-aranha e companhia fizeram da minha adolescência uma lembrança boa, e além da leitura despertei a vontade de desenhar fiz até alguns cursos de desenho no Senac (na época em que o Senac ainda era do governo).

Hoje só sobrou a fome pela leitura (além de caixas e caixas de revistas de super-herói), que é saciada através de livros e livros que não me canso de ler. Minha mãe adquiriu esse hábito também e gosta bastante de um bom livro, e agora é minha esposinha que está aprendendo a ler.

Da tarde de sexta, vieram algumas revistas pra relembrar aquele tempo em que as crianças eram só crianças, e que o mundo ainda era um lugar bom pra se viver.

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