segunda-feira, 5 de março de 2007

A lição deste domingo na EBD tratou sobre a murmuração do povo no deserto, e de como Deus recebe nossas atitutes.

O livro de Números mostra que o povo hebreu foi o único responsável pelo tempo que ficou no deserto. Mesmo frente a milagres mastodônticos (atravessar a pés enxutos o mar vermelho pra mim seria mais do que suficiente motivo pra crer que Deus estava comigo, mas eles viram sementes surgirem junto ao orvalho todas as manhãs, para que pudessem moer e fazer pães, água jorrar de pedras quando o povo tinha sede, dentre outros) a primeira reação frente a qualquer adversidade sempre era de reclamar de Moisés e do dia em que foram tirados do Egito.

Quando foram levantados 12 expias para reconhecer a terra que fora prometida por Deus aos hebreus, 10 deles voltaram deseperados após 40 dias de espionagem. Tiveram medo do povo que lá vivia, disseram que seriam esmagados , que os hebreus eram como gafanhotos frente aqueles gigantes. Somente dois espias, Josué e Calebe, tiveram fé e disseram "se foi Deus que nos prometeu aquela terra, ela há de ser nossa". Infelizmente a opinião desses dois homens não foi suficiente para convencer aquele povo que já havia reclamado inúmeras vezes antes, e bastou uma revolução a mais para que Deus desse seu ultimato:
"Não entrareis na terra, pela qual levantei Minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe e Josué... e vossos filhos pastorearão neste deserto QUARENTA ANOS*, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam nesse deserto. Segundo o número de dias em que espiaste esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levarei sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento."
(Números 14.30-34 - *destaque meu).
Se o povo não murmurasse e não se voltasse contra Deus, a marcha do Egito até Canaã levaria de 3 a 6 meses, mas durou 40 anos! Muitas vezes reclamamos da vida e murmuramos das coisas que não acontecem, e nos perguntamos por que Deus permite isso, e nos esquecemos de confiar Nele, para que seja feita a Sua vontade. Muitas vezes oramos e desabafamos para Deus o que queremos ou sentimos, mas não paramos para ouvir a Sua voz, e achamos que é Deus quem não quer falar conosco.

Pense em quantas coisas você pediu a Deus e tem murmurado. Pense nas bênçãos que tem recebido e que perderam o valor, foram esquecidas, somente para serem substituidas por outras necessidades. Pense nos milagres que acontecem ao seu redor todos os dias, e veja se você tem sido grato a Deus, ou se tem murmurado como aquele povo que parece tão incrédulo a nossos olhos, mas que é tão parecido com a geração de hoje.

Lembre-se: é você quem define o tempo no deserto.

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