Sabe aqueles dias em que você não deveria ter saído da cama? ontem foi um deles.
Mesmo com a gripe querendo acabar com minhas energias vitais, lutei até o fim e consegui sobreviver até o final do expediente. Só que ontem era o dia agendado para a troca de versão do sistema, processo realizado de X em X meses (geralmente seis) e que dura por volta de duas a duas horas e meia.
Após avisar o gerente de vendas que ficaria na concessionária até umas 8 da noite, aguardei os usuários retardatários saírem do ar (geralmente eu 'derrubo' todo mundo, mas ontem estava bonzinho) e dei inicio à troca.
Ao término da virada, após tudo concluído, liguei pra Mô pra avisar que estava saindo, tranquei a administração, apaguei as luzes e desci. Quando bati a porta da escada (que é automática, tipo aquelas de porteiro eletrônico) e dei o primeiro passo em direção a saida, alguns centésimos de segundo depois de notar que o salão de vendas estava escuro e trancado, um som ensurdecedor, uma sirene tresloucada, um alarme que não tem por objetivo assustar algum possível meliante mas deixá-lo completamente surdo, soou. O raio da sirene era tão alto, que eu até tentei pensar em alguma coisa, mas não conseguia ouvir meus pensamentos.
Após o medo de tomar um tiro de 12 sem ter feito absolutamente nada, consegui regredir até o quadro de luz (na mesma posição o tempo inteiro, com as mãos espalmadas e os braços pouco acima da cintura) e acender a luz do salão. Andei até a porta lateral e passei para a recepção, onde o ruído da sirene era abafado pelas paredes, e consegui ligar pra Lívia, minha colega de trabalho e Departamento Pessoal da empresa. Nessa hora, a sirene parou (ou o raio da corneta queimou, de tanto tocar) e já conseguia ouvir o telefone chamando e um zumbido de ocupado nos ouvidos. Bastou perguntar se não ficava nenhum vigia à noite na concessionária pra ela responder em meio a risos: "Ih, te trancaram na empresa!".
Por fim, depois de várias ligações, conseguiram tirar o porteiro da cama pra me livrar do cárcere, coisa de mais de uma hora depois. Liguei pra Lívia pra informar que "estava liberto", avisei a esposa que estava indo pra casa (uma hora depois da primeira ligação e ela nem perguntou o porquê da demora) e cheguei em casa por volta de 11 da noite, pronto pra tomar um banho e voltar.
Não é preciso dizer que o assunto do dia hoje foi o cárcere privado ao qual fui imposto. Da próxima vez me lembrarei de distribuir cartazes lembrando da minha presença após o horário de expediente.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
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Um comentário:
Tadinho do meu marido, ele não merecia isso. Não foi falta de preocupação por vc meu bem, mas é que não tem sentido ficar te questionando o tempo todo e eu já sabia que vc estava trabalhando e fazendo algo que tomaria muito tempo. E outra eu orei ao Senhor para que Ele te guardasse. Estava realmente descansada em Deus. Te amo, vida!
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